Categoria: Enéada-I-1
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Tratado 53,2 (I, 1, 2) — O sujeito das paixões é somente a alma (Bréhier-MCC)
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2. Mas a respeito da alma, por conseguinte, é preciso investigar se a alma é diferente do ser da alma. Se assim é, a alma é um composto ; e não é absurdo que ela receba formas, que experimente paixões das quais falei, caso a razão lhe permita, e em geral que ela admita hábitos…
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Enéada I,1,11 — A conversão como tomada de consciência
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in Enéada-I-111. Na infância a principal atividade é na Parelha e há pouca irradiação dos princípios superiores de nosso ser; mas quando estes princípios superiores agem de modo fraco ou raro sobre nós sua ação é voltada para o Supremo; eles trabalham sobre nós apenas quando permanecem no ponto central. Mas não inclui o “Nós”, esta…
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Enéada I,1,10 — A dualidade do “Nós”e a purificação
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in Enéada-I-110. Será objetado, que se a Alma constitui o Nós (a personalidade) e Nós estamos sujeitos a estes estados então a Alma deve estar sujeita a eles, e similarmente que o que Nós fazemos deve ser feito pela Alma. Mas foi observado que a Parelha, também – especialmente antes de nossa emancipação – é um…
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Enéada I,1,9 — A impecabilidade da alma e a responsabilidade do “Nós”
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in Enéada-I-19. Aquela Alma, então, em nós, se manterá em sua natureza aparte de tudo que pode causar qualquer dos males que o homem faça ou sofra; pois todos tais males, como vimos, pertencem somente ao Animado, à Parelha. Mas há uma dificuldade em compreender como a Alma pode ir sem culpa se nossa mentação e…
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Enéada I,1,8 — O “Nós” e as realidades superiores
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in Enéada-I-18. E para com o Princípio-Intelectual qual é nossa relação? Por isto quero dizer, não aquela faculdade na alma que é uma das emanações do Princípio-Intelectual, mas o Princípio-Intelectual ele mesmo (Mente-Divina). Isto também possuímos como o auge de nosso ser. E temos Ele seja como comum a todos ou como nossa própria posse imediata:…
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Enéada I,1,7 — A constituição da parelha — O “Nós”e o animal.
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in Enéada-I-17. A verdade jaz na Consideração que a Parelha subsiste em virtude da presença da Alma. Isto, entretanto, não quer dizer que a Alma se dá como é em si mesma para formar seja a Parelha ou o corpo. Não; do corpo organizado e algo mais, digamos uma luz, que a Alma provê de si…
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Enéada I,1,6 — A teoria das potências
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in Enéada-I-1Minha tradução da versão inglesa de MacKenna 6. Pode parecer razoável estabelecer como uma lei que quando quaisquer poderes estejam contidos em um recipiente, toda ação ou estado expressivo deles deve ser a ação ou o estado deste recipiente, os poderes eles mesmos permanecendo não afetados pois meramente fornecendo eficiência. Mas se assim fosse, então,…
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Enéada I,1,5 — Aporias concernentes ao sujeito das paixões
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in Enéada-I-15. Este Animado poderia ser meramente o corpo como tendo vida: poderia ser a Parelha de Alma e corpo: poderia ser uma terceira entidade formada de ambos. A Alma por sua vez – aparte da natureza do Animado – deve ser ou impassível, meramente causando Percepção-de-Sentido em seu companheiro, ou simpatizante; e, se simpatizante, pode…
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Enéada I,1,4 — O sujeito das paixões é a mistura da alma e do corpo
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in Enéada-I-14. Consideremos, então, a hipótese de uma coalescência. Se há uma coalescência, o inferior é enobrecido, o mais nobre degradado; o corpo é elevado na escala de ser como feito participante na vida; a Alma, como associada com a morte e a irracionalidade, é trazida ao mais inferior. Como pode uma diminuição na qualidade de…
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Enéada I,1,2 — A alma como um agregado composto. A alma não é essência.
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in Enéada-I-1Minha Tradução de MacKenna 2. A primeira investigação nos obriga a considerar de partida a natureza da alma (psyche) – ou seja se uma distinção deve ser feita entre alma e alma essencial (psyche einai) (entre uma alma individual e a alma-espécie em si mesma). Se uma tal distinção se dá, então a alma (no…
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Tratado 53,3 (I, 1, 3) — A alma usando o corpo como um instrumento (Bréhier-MCC)
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3. Consideremos agora a alma no corpo, se ela existe a princípio antes dele ou somente nele; dela e do corpo se forma o todo denominado animal. Se o corpo é para ela como um instrumento do qual se serve, ela não se restringe a acolher nela as afecções do corpo, do mesmo modo que…
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Tratado 53,4 (I, 1, 4) — O sujeito das paixões é a mistura da alma e do corpo (Bréhier-MCC)
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4. Ei-los portanto misturados. Por esta união, o elemento pior se aprimora, e o elemento melhor piora: O corpo se aprimora, tomando parte na vida ; a alma piora participando da morte e do desvario. Como a uma alma, da qual a vida é retirada, se juntará o poder de sentir? Ao contrário, recebendo a…
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Tratado 53,4 (I, 1, 4) — Aporias concernentes ao sujeito das paixões (Bréhier-MCC)
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5. Mas o que é o animal ? O corpo vivo, o conjunto da alma e do corpo, ou uma terceira coisa oriunda das duas primeiras ? O que quer que seja, ou a alma deve, permanecendo impassível, ser, para o corpo, a causa das paixões, ou ela deve sofrer com ele; e se ela…
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Enéada I, 1 — O Animado e o Homem
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in Enéada-I-1Plano do Tratado, segundo Gwenaëlle Aubry Excerto da Tradução do Tratado 53, dentro da magnífica iniciativa de P. Hadot publicada pelas Editions Cerf. Introdução (§1): a questão do “sujeito” (hypokeimenon). Enunciado do plano do tratado. O sujeito das paixões (pathos): três hipóteses O sujeito da opinião (doxa), da reflexão (dianoia) e do pensamento (noûs) A…
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Enéada I,1,3 — Estudo da segunda hipótese: a alma usando o corpo como um instrumento
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in Enéada-I-1Minha tradução da versão inglesa de MacKenna 3. Podemos tratar da Alma como no corpo – seja acima ou dentro deste – posto que a associação dos dois constitui aquilo que se denomina organismo vivo, o Animado. Agora desta relação, da Alma usando o corpo como um instrumento, não decorre que a Alma deve compartilhar…
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Enéada I, 1, 1 – Quem ou o quê é o sujeito de estados e atividades incorporadas (Lloyd)
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in Enéada-I-1Prazeres e dores, sentimentos de medo e ousadia, apetites e aversões e sentimentos de angústia – a que pertencem?1 De fato, eles pertencem à alma ou a uma alma que usa um corpo ou a uma terceira coisa que surge de uma combinação destes. E isto pode ser entendido de duas maneiras: como uma mistura…
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ENÉADA I, 1 [53] – alma
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in Enéada-I-1Igal ¿Cuál será el sujeto de los placeres y de las penas, de los temores y de los atrevimientos, de los apetitos, de las aversiones y del dolor? Porque el sujeto será o el alma, o el alma que se vale del cuerpo o algún tercero resultante de ambos. Y éste puede ser de dos…
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Enéada I,1,1 — Distinções psicológicas na alma
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in Enéada-I-1Nossa tradução de MacKenna 1. Prazer (hedone) e angústia (lype), medo (phobos) e coragem (tharre, andreia), desejo (epithymia) e aversão (apostrophe), onde estas afetividades e experiências se assentam? Claramente, somente na alma (psyche), ou na alma no emprego do corpo (soma), ou em alguma terceira entidade derivando de ambos. Para esta terceira entidade, consequentemente, existem…
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Enéada I,1,13 — O sujeito da investigação filosófica
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in Enéada-I-113. E o princípio que raciocina estas matérias? É “Nós” ou a Alma? “Nós”, mas pela Alma. Mas como “pela Alma”? Isto quer dizer que a Alma raciocina por possessão (pelo contato com matérias da investigação)? Não; pelo fato de ser Alma. Seu Ato subsiste sem movimento; ou qualquer movimento que possa ser descrito para…
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Tratado 53 — Comentários (Igal)
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in Enéada-I-1Excertos da apresentação do tratado, na tradução em espanhol de Jesús Igal. El presente tratado, cronológicamente el penúltimo, fue escrito por Plotino en el último año de su vida (Vida 6, 16-25). Porfirio lo colocó el primero de todos basándose, probablemente, en que la verdadera filosofía debe comenzar por el conocimiento de sí mismo. Este…