Excerto de Aristóteles, Sobre a Alma. Tr. Ana Maria Lóio. Lisboa: Imprensa Nacional, 2010, p. 19)
Livro I
Levantamento dos problemas que o estudo proposto envolve.
Recuperação da investigação realizada pelos antecessores de A.: apresentação e análise das doutrinas mais relevantes.
1 A alma como objecto de investigação
Dificuldades do estudo encetado; elenco de problemas de vária ordem por ele suscitados (método de investigação, gênero da alma, divisibilidade, abrangência da definição, afecções da alma e sua inseparabilidade da matéria física dos animais).
A investigação da alma: doutrinas legadas pelos antecessores
Conhecimento e movimento como características ordinariamente atribuídas à alma: estudo das doutrinas dos antecessores (Demócrito, pitagóricos, Anaxágoras, Platão no Timeu, Empédocles, Tales, Diógenes, Heráclito, Alcméon, Crítias, Hípon); aspectos a reter, incorreções.
Os quatro tipos de movimento.
Movimento por natureza e por acidente.
Refutação da doutrina segundo a qual a alma se move a si mesma; síntese e exame da exposição que dela faz Platão no Timeu.
Denúncia do absurdo de certas propostas sobre a relação entre alma e corpo.
4 Alma como harmonia e número
Inconsistência da teoria segundo a qual a alma é uma harmonia.
Análise das consequências: a alma não pode mover-se.
Retoma do problema do movimento da alma: a alma como número que se move a si mesmo, a menos razoável das doutrinas.
5 Continuação; alma composta de elementos
Conclusão da análise da doutrina da alma como número.
Exposição e refutação da doutrina segundo a qual a alma é composta de elementos, em especial da proposta de Empédocles.
As partes da alma: sua unidade, espécie das suas partes.