I) Gr. Eidénai, theôreîn, espístasthai
1) eidénai: conhecer, saber. Raiz (w)eid-
Sanscr. védah (conhecimento), vêtti (ele sabe), vid-ma (nós sabemos), etc.
Raiz no grau e: (w)eidénai, (w)eidos
Raiz no grau o: (w)oida
Raiz no grau zero: (w)idem, (w)idéa, (w)ístôr (beócio: o que sabe).
Em latim, só no grau zero: vidêre (improdutivo na área semântica de «conhecimento»). Em alemão: wissen. Em celta: druides
Usamos a expressão “saber”, em sentido genérico, para designar as seguintes famílias vocabulares: a) sophia e seus derivados; b) o verbo eidenai e seus derivados; c) gnosis, gignoskein, etc; d) episteme, epistasthai, etc. Por vezes, agruparemos também nesta classe a família mathema, mathesis, manthanein, etc, bem como a acepção geral de techne.
Em sentido estrito, no entanto, reservaremos a expressão saber para os grupos a) e b), vertendo os restantes, salvo excepções devidamente assinaladas, do seguinte modo: gnosis e gignoskein por conhecimento ou conhecer; episteme por ciência, ou também por conhecimento, quando se tratar da distinção técnica entre episteme e doxa; mathema e termos aparentados por estudo ou aprendizagem; techne por arte. (Mesquita)