– Sócrates. Ter uma opinião e tentar formá-la não se baseia na memória e na sensação? – Filebo. Claro que sim. – S. Não é necessário conceber isto da seguinte forma? – F. De que forma? – S. Concordas que acontece frequentemente a um homem que não pode ver claramente as coisas para as quais olha, porque as vê à distância, que deseja “discernir” o que vê? – F. Concordo. – S. A esse respeito, não se colocaria a si próprio a seguinte questão? – F. Qual delas?
– S. O que é que pode ser aquilo que me aparece contra o rochedo debaixo de uma árvore? És de opinião que é isso que diz a si próprio aquele a cujos olhos tais aparências se manifestaram? – F. Claro que sim. – S. E que quando ele diz a si próprio: é um homem, é possível que tenha razão? – F. Perfeitamente. – S. Ou, por outro lado, se ele se engana, talvez declare que o que viu é uma estátua, pensando que é obra de pastores? – F. Talvez. – S. E se alguém estiver ao lado dele, pondo em palavras as coisas que ele disse a si próprio, ele di-las-á em voz alta e, assim, aquilo a que chamávamos opinião ter-se-á transformado em discurso? – F. Claro que sim. – S. Se ele estiver sozinho, fazendo esta mesma reflexão para si próprio, acontece por vezes que continua o seu caminho, guardando-a para si próprio durante bastante tempo. (Platão, Filebo 38be, versão Louis Gullermit)
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PLATON. Platon par lui-même. Paris: Flammarion, 1995.