prâxis (he): ação. Latim: actio.
Atividade imanente de um sujeito (oposta à ação transitiva, que se exerce sobre um objeto), v. poíesis.
Prâxis é uma palavra formada de prag-sis: o radical que indica ação é prag. É encontrado em: prâgma (tó): ocupação, afazer; praktikós: ativo. Ao intelecto especulativo (noûs noetikós ou dianoetikós) Aristóteles opõe o intelecto ativo (noûs praktikós) (De an., III, 7); v. noûs. Práttein: agir (apenas no dialeto ático; nos outros: prássein). Substantivado: tò práttein: o agir.
Prâxis pode significar:
- Toda atividade do homem: “Falar é uma ação” (Crátilo, 387c).”Nenhuma das ações (tòn praxeón) que têm termo é um fim” Aristóteles (Met., 0, 6). “O princípio da ação é a livre escolha” Aristóteles (Ét. Mc, VI, 4).
- Ação oposta à fala (Górgias, 450d).
- Ação moral. “No que se refere às ações, a opinião verdadeira não é pior nem menos útil que a ciência” (Mênon, 98c).
- Ação oposta à especulação. Aristóteles distingue a reflexão (diánoia) teórica da ação prática (Et. Mc, VI, 3).
- Ação oposta à atividade fabricadora (poíesis); é assim que a moral se distingue da arte (tékhne). Em Política (I, IV, 1-4), Aristóteles distingue o instrumento, que serve para produção (poietikón), e a propriedade, fonte da ação (praktikón).
- Metafisicamente, o agir (práttein) oposto ao sofrer (páschein); v. páthos (Aristóteles, Cat., IX).