prónoia (he) / pronoia: providência. Latim: Providentia.
Primeiro sentido: previdência, previsão. Depois, essa palavra ganha o sentido de Providência divina, que prevê nossas ações e lhes dá socorro.
Essa palavra é composta pelo radical no, encontrado na palavra noûs ( = no-os): espírito; e pela preposição pró: diante, adiante, que se encontra em outras palavras de origem grega: problema, pródromo, prolegômenos, profeta. Em Sócrates, nos estoicos e em Plotino, a Divindade, estando além do tempo, conhece de antemão nossos pensamentos e nossas ações.
Sócrates tratava de loucos aqueles que negam a ação da Providência nos acontecimentos (Xenofonte, Memorabilia, I, I, 9); em seguida, desenvolve esse tema para mostrar como os deuses ordenaram a natureza para que ela provesse às nossas necessidades (ibid., IV, 3-17).Três capítulos das Leituras de Epicteto (I, VI, XVI; III, XVII) são dedicados à Providência; em outro lugar, ele afirma que a primeira coisa que um filósofo deve saber é que existe um Deus que exerce sua Providência sobre o universo (II, XIV, 11). Por sua vez, Plotino se esforça por demonstrar, em dois tratados (III, II e III), contra a doutrina do acaso, prezada pelos epicuristas, que existem uma Providência universal e uma providência singular para cada um de nós. O próprio Sexto Empírico afirma a certeza de uma Providência divina (Hipot., III, III, 2). Alexandre de Afrodisia, em seu tratado Do destino (XVIII), defende a Providência dos deuses.