isonomia

isonomía: quinhão igual, proporção, equilíbrio ver hedone. (Termos Filosóficos Gregos, F. E. Peters)


A teoria platônica da igualdade, resumida em Leis-VI, leva em conta duas igualdades, uma considerada boa outra má. A igualdade má, a igualdade aritmética, determina o igual segundo a medida do peso e do número. É ela que regula os sufrágios e as apostas da política democrática. Esta pseudo-igualdade reflete a inigualdade, a desarmonia interior de um homem democrático tomado na infinidade, na indeterminação (apeiron) de seus desejos, os quais têm todos títulos de “iguais” a se fazer valer para o governar um em seguida ao outro (Republica-I).

A esta má igualdade se opõe a verdadeira igualdade, a igualdade geométrica, a qual se funda sobre a proporção e encontra seu modelo na harmonia, a amizade (philia) dos corpos celestes. Esta dá a cada um segundo a medida de sua natureza, mais àquele que é superior, menos àquele que é inferior. Na cidade ela submete a massa dos que vivem na inigualdade das necessidades e das paixões à classe dos verdadeiros iguais que podem instituir na cidade, porque instituíram em si mesmos, o governo do melhor sobre o menos bom.