gr. σοφία, sophía: sabedoria, sabedoria teorética. A filosofia é o “benefício mais importante que jamais foi oferecido e que será jamais concedido à raça mortal, um benefício que vem dos deuses” (Timeu, 47a-b). gr. eidenai e derivados = saber. Em Plotino, na ascensão filosófica, último intermediário entre a Inteligência e o Uno (Gandillac).
Queda firme que la σοφία es la comprensión suprema y la ciencia propia; la más divina. Divina es una ciencia: 1°) que el dios tiene en posesión en el modo más propio; 2°) que se refiere a algo divino. Ambos aspectos corresponden a la ciencia de los primeros fundamentos y de las causas originarias: 1°) el dios es, para todas las cosas, como el origen y la causa; 2°) esta ciencia es una consideración absolutamente libre, y por eso debería corresponder antes que todo al dios, que es él mismo un puro y perpetuo contemplar el ente y «contemplación de este mismo contemplar», νόησις νοήσεως (MF. 1074 b 34). σοφία es θεολογική (cfr. MF, 1026 a 19).
La ciencia suprema no tiene una finalidad práctica. Por eso todas las otras son, en sentido práctico, más urgentes y necesarias para la vida. Pero en cuanto al sentido y a la posibilidad del comprender, ninguna tiene un rango superior. (Heidegger, GA22:30)
sophía: sabedoria, sabedoria teorética. A filosofia é o “benefício mais importante que jamais foi oferecido e que será jamais acordado à raça mortal, um benefício que vem dos deuses” (Timeu, 47a-b). Seu estatuto não é aquele de um saber, de uma sabedoria (sophia), mas todavia de um amor ou desejo deste: “aqueles que já são sábios não filosofam, sejam deuses ou homens” (Lisis, 218a). A filosofia é o nome do modo de vida daquele que deseja alcançar à sabedoria (e que é então nomeado segundo seu desejo: philosophos). Sob esta forma, ela é uma invenção dos diálogos platônicos. (Luc Brisson)
sophía: sabedoria, sabedoria teorética
O significado original da palavra liga-a a artesanato, ver Homero, 77. XV, 412; Hesíodo, Trabalhos, 651 (confrontar Aristóteles, Ethica Nichomacos VI, 1141a). Na época de Heródoto abrangia também um tipo mais teorético de preeminência, Hist. I, 29 (Sete «Sábios»), IV, 95 (Pitágoras como um sophistes). Heráclito (Diels, frg. 129) diz que esta sophia de Pitógoras não é senão um tratamento inadequado da polimatia. Para Platão há uma distinção implícita entre a verdadeira sophia que é o objeto da philosophia (ver Fedro 278d) e que, tal como a phronesis, se deve identificar com o verdadeiro conhecimento (episteme) (Teeteto 145e), i. e., um conhecimento dos eide, e, por outro lado, o praticante da falsa sophia, o sophistes do diálogo do mesmo nome. Para Aristóteles, sophia é a virtude intelectual mais elevada, distinta da phronesis ou sabedoria prática, (Ethica Nichomacos 1141a-b; 1143b-1144a), e também identificada com a metafísica, a prote philosophia na Metafísica 980a-983a. O «sábio» (sophos) torna-se o ideal estóico da virtude, ver SVF I, 216; III, 548; D. L. VII, 121-122, e o retrato crítico em D. L. VII, 123 e Cícero, Pro Mur. 29-31; ver também, philosophia, phronesis, episteme, endoxon. (Termos Filosóficos Gregos, F. E. Peters)
É tido por sophós, “hábil”, quem quer que testemunhe de uma maestria excepcional, domine seu material, sua língua, seus conhecimentos, os outros e ele mesmo. O mestre artesão, o poeta, o legislador, o “sábio” são figuras sucessivas do sophós; este deslocamento, referido por Aristóteles, coincide com o desenvolvimento da civilização e se dá conta da evolução do termo sophia. Formado a partir do adjetivo, a sophiá designa a certeza, o domínio, a qualidade da execução ou do discernimento, a arte de submeter o múltiplo ao uno: a valorização é, mais que o conteúdo, essencial à noção. Eis porque a sophia, “sabedoria”, é uma arete, “excelência”, da alma (será uma das quatro virtudes cardiais) e porque sophos encarnará, sobretudo nos estoicos, um ideal de perfeição, de infalibilidade, uma norma divina de conduta e de pensar. (Les Notions philosophiques)