méson, mesótês: meio
Os pitagóricos consideravam as coisas existentes como um «equilíbrio justo» (isomoira) entre os opostos (enantia), ver D. L. VIII, 26. Platão começa a deslocar esta posição de «meio» para o domínio da ética no Phil. 23c-26d (onde os extremos são chamados «ilimitados» (apeiron) e os quantificados, misturados, «limite» (peras)). As tonalidades matemáticas são visíveis neste texto e as médicas aparecem tanto no Fédon 86b-c (ver harmonia, hedone) como no Eudemo da primeira fase de Aristóteles, frg. 7. A identificação clássica que Aristóteles faz da virtude (arete) com o meson das emoções (pathe) e atos (praxeis) pode encontrar-se na Ethica Nichomacos 1106a-1109b, onde faz referência específica ao limite (peras) como bom; ver dike.
Para a aplicação do meson à percepção, ver aisthesis; como fator de derivação dos elementos, ver stoicheion; na derivação da hypostasis, trias. (Termos Filosóficos Gregos, F. E. Peters)