Excertos de P. Hadot, «Plotin ou la simplicité du regard»
O trabalho do artista pode portanto ser o símbolo da busca do verdadeiro eu. Assim como, em um bloco de pedra, o escultor busca alcançar a forma que fará sensível a Beleza ideal, a alma deve buscar a se dar ela mesma a forma espiritual, rejeitando tudo que não é ela. (Eneada-I, 6, 9).
A estátua material se conforma pouco a pouco à visão do escultor; mas quando estátua e escultor só formam um, quando são a mesma alma, a estátua não é então mais que a visão ela mesma, a beleza não é mais que um estado de simplicidade total, de luz pura.