A Inteligência é a imagem (eikon) do Uno: de certa maneira o engendrado é aquele que o engendra, dele conserva muitos traços, tem uma semelhança (homoiotes) com ele. No entanto a Inteligência não é o Uno. Encontramos o jogo das antíteses. As noções de imagem e de semelhança, exprimidas por diversas palavras, têm importância no exemplarismo platônico como também na patrística primitiva. Aquele que engendra o faz a sua imagem. E a produção da Inteligência é assim expressa: o Uno «vê em se voltando para ele; esta visão é a Inteligência». Com efeito a Inteligência é caracterizada pela dualidade sujeito-objeto: ela é ao mesmo tempo inteligência e inteligível.