Categoria: Neoplatonismo

  • Phantasia (Simplício)

    Simplicius sobre De Anima, tr. Henry Blumenthal [Aristóteles DA 428a24: “Assim, fica claro que a imaginação (phantasia) não seria nem opinião acompanhada de percepção sensorial, nem produzida pela percepção sensorial, nem uma combinação (symploke) de opinião e percepção sensorial.”] Platão, no Sofista [264A] e no Filebo [39Bff.], postula que a imaginação consiste em uma mistura…

  • Phantasia (Filopono)

    “Filopono” sobre De Anima, tr. Sorabji Ele (Aristóteles) diz que a fantasia não é percepção, nem opinião, nem algo constituído por ambas.

  • Nervos e Cérebro (Filopono)

    Philoponus in De Anima, tr. Hugh Lawson-Tancred Nosso ponto de vista, então, é que o pneuma óptico realmente parte do cérebro através do nervo óptico e, assim, alcança a lente cristalina, tendo ali seu destino. Assim como o fluido da kore é colocado à frente para que possamos apreender os visíveis por meio dele (e…

  • Cor (Filopono)

    Philoponus in De Anima, tr. Sorabji As atividades (energeiai) estão sempre no ar sem afetá-lo (apathos) e não atuam sobre nós, exceto quando os objetos da percepção estão na linha direta de visão, assim como, segundo [aqueles que postulam que a visão sai na direção oposta], a visão não atinge a coisa vista, a menos…

  • Visão dos corpos (Filopono)

    Filopono sobre De Anima, tr. Sorabji Se a visão ocorresse pela emissão de certos corpos, como seria possível apreender o céu de uma só vez (athroon) ao olhar para cima? Pois como um corpo poderia percorrer tamanha distância em tempo nenhum (akhronos)? Foi demonstrado que há uma distância de dois zodíacos da Terra até o…

  • Sensório (Temístio)

    Temístio in De Anima, tr. Robert Todd O tato, entretanto, é o mais corpóreo dos sentidos, pois seus objetos são os mais corpóreos e são variedades de corpo enquanto corpo (não enquanto corpo com uma alma). Pois o que produz formas nos elementos, que são primários, são o calor e o frio, e a secura…

  • Sensório (Filopono)

    Filopono em De Anima, tr. Sorabji No entanto, o caráter distintivo do tato não é destruído, pois o próprio meio é afetado e se torna matéria para o calor, o frio, a fluidez ou a secura, e o mesmo ocorre com o órgão junto com ele, o que não acontecia com os outros sentidos, pois…

  • Percepção de Forma e Matéria (Plotino)

    Plotino Enéada 4.4 [28] 23 (18-23) Portanto, não devem existir apenas essas duas coisas, o objeto externo e a alma, caso contrário a alma não seria afetada. Em vez disso, o que será afetado deve ser uma terceira coisa, ou seja, aquilo que receberá a forma (morphe). Assim, deve ser afetado juntamente com [o objeto…

  • Percepção de Forma e Matéria (Temístio)

    Temístio em De Anima, tr. Robert Todd A existência de algum meio deve ser postulada também para [tato], e a diferença entre tato e gosto em relação aos outros [sentidos] não deve ser em relação a isso, mas ao fato de que no caso do outro [sentidos] o próprio meio não é qualitativamente modificado, mas…

  • Forma e Matéria (Simplicius)

    Simplicius in De Anima, tr. Carlos Steel Mas depois, sendo ativo (energein), o que percebe paraliza-se na forma do objeto sensível, não como sendo afetado – pois não se torna branco ou quente – mas em atividade, não agindo (poiein), como fazem as causas eficientes. Em vez disto, [está] em juízo e cognição (kritikos kai…

  • Forma e Matéria (Filopono)

    Filopono em De Anima, tr. Sorabji Pois o que percebe é assimilado ao perceptível não por ser afetado de qualquer maneira, nem por mudar de possuir uma condição oposta, mas por receber a forma (eidos) do perceptível sem chegar a ser como matéria para essa forma. Pois o sentido não se torna branco ao receber…

  • Percepção (Simplicius)

    Simplicius in De Anima, tr. Carlos Steel [Aristóteles, De Anima 417b24 “Mas perceber não está dentro do [seu] poder”]. Ele [Aristóteles] quer dizer claramente “[não está dentro do poder] da faculdade da percepção sensorial”, porque o objeto sensível, que é individual e externo, deve estar disponível e não deve estar apenas lá, mas também presente…

  • Memória (Damáscio)

    Damascius, in Phaed. I §270, tr. L. G. Westerink Por que as memórias conscientes (epistaseis) de vidas anteriores são tão raras? Porque as percepções conscientes das coisas particulares são externas em relação a seus objetos e suas origens, enquanto as de universais surgem de dentro e são nossas e ao mesmo tempo se apresentam à…

  • Sacrifícios (Jâmblico)

    Jâmblico, Os Mistérios, tr. John Dillon “Mas as invocações (kleseis)”, objeta [Porfírio], “são dirigidas aos deuses como se eles estivessem sujeitos a serem afetados (pathe), de modo que não apenas os demônios estão sujeitos a isso, mas também os deuses.” [40,18] Na verdade, porém, sua suposição não está correta. Pois a iluminação que ocorre como…

  • Sacrifício (Porfírio)

    Porfírio citando Teofrasto, Sobre a Abstinência, tr. Gillian Clark Há, além disso, três razões principais para sacrificar aos deuses: honrá-los, agradecer ou por necessidade de algum bem. Assim como [agimos] com homens bons, também pensamos que devemos oferecer aos deuses as primícias. Honramos os deuses porque queremos que o mal seja afastado de nós e…

  • Não devemos perseguir [a visão do bem] (Plotino)

    Plotino 5.5 [32] 8 (3-7) (tr. Barrie Fleet) Não devemos perseguir [a visão do bem], mas permanecer em silêncio até que ela apareça, preparando-nos para sermos seus espectadores – assim como os olhos aguardam o nascer do sol, que aparece no horizonte (ou no Oceano, como dizem os poetas) e se mostra ao nosso olhar.…

  • Marcas e traços divinos (Proclus)

    Proclus in Crat., tr. Brian Duvick Pois, ao instituir todas as coisas, os Pais de tudo (ta hola) semearam sinais (synthemata) e traços (ikhne) de sua própria essência triádica em tudo. Como até mesmo a Natureza infunde uma centelha de sua própria identidade nos corpos, uma centelha através da qual tanto move os corpos quanto,…

  • Iniciação (Proclus)

    Proclus, Teologia Platônica, tr. Jan Opsomer Em resumo, as três características que completam os seres divinos e que se manifestam em todas as formas divinas são a bondade, a sabedoria e a beleza. Três outras características, que reúnem os seres (divinos) que estão sendo preenchidos (pela primeira tríade), são secundárias em relação às características superiores,…

  • Arte da Iniciação (Hermeias)

    Hermeias, Comentário sobre o Fedro, tr. Jan Opsomer A desordem de suas partes, aquilo que caiu na indeterminação e na desarmonia e está preenchido de completa desordem, é levado à concórdia e harmonia pela música. A arte da iniciação (telestike) torna a alma completa e íntegra e a prepara para a atividade intelectual. Pois a…

  • Teurgia (Porfírio)

    Porfírio, De Regressu Animae, com comentários de Agostinho, Cidade de Deus 10.9, tr. Gillian Clark Porfírio também, embora hesitante e com uma discussão quase envergonhada, promete uma certa quase purificação da alma pela teurgia, mas nega que essa arte possa oferecer a alguém o retorno a Deus. Assim, se pode ver que ele oscila, com…