O Uno é sempre designado como o princípio de tudo, o Bem e o Primeiro: eis porque para alcançar seu conhecimento é preciso se aproximar dele, longe do sensível e de toda malícia, se unificar si mesmo, se tornar inteligência. Mas o Uno é mais puro e mais perfeito que a Inteligência que é um dos seres, enquanto o Uno não é um dos seres, mas antes dos seres. Ele engendra todas as coisas, mas não é nada do que engendra. Quando a ele se chama causa, não se enuncia assim um caráter acidental que se relacionaria a ele, mas algo que se relaciona o nós. Somos efeitos sem que se possa dizer que ele seja causa, pois isso nada adiciona ao que ele é. Ele é conhecido pelo que engendra, a substância (Eneada-VI, 9, 5), e sua natureza é de ser a fonte dos melhores bens, o poder que engendra os seres, em permanecendo nela mesma e não se achando diminuída pelo que produz. Um pouco adiante o Uno é dito a fonte da vida, a fonte da inteligência, o princípio do ser, a causa do bem, a raiz da alma. Mas tudo isso não corre dele como se sofresse uma perda: ele não é como uma massa que se divide naquilo que produz e que é por isso consumível. Eis porque o que ele produz não é consumível, mas ao contrário eterno, porque o princípio não se divide e permanece inteiro (Eneada-VI, 9, 9).
Princípio
- Bouillet: Tratado 9 (VI, 9) – DU BIEN ET DE L’UN
- choriston
- Crouzel (OP:19-20) – Uno, princípio de tudo
- Deus
- Enéada VI, 9: Sobre o Bem e o Uno
- Ética
- Guthrie: Tratado 9 (VI, 9, 7-11) – Of the Good and the One.
- Guthrie: Tratado 9 (VI, 9) – Of the Good and the One.
- MacKenna: Tratado 09 (VI, 9) – On the Good, or the One.
- MacKenna: Tratado 9,1 (VI,9,1) — Todos os seres são seres em virtude da unidade