«Se debe decir y pensar lo que es; pues es posible ser,
mientras [a la] nada no [le] es posible [ser]. Esto te ordeno que muestres.
Pues jamás se impondrá esto: que haya cosas que no sean.
Pero tú aparta el pensamiento de este camino de investigación
[...] en el cual los mortales que nada saben
deambulan, bicéfalos, de quienes la incapacidad guía en sus
pechos a la turbada inteligencia. Son llevados
como ciegos y sordos, estupefactos, gente que no sabe juzgar,
para quienes el ser y no ser pasa como lo mismo
y no lo mismo.»
Eis o que é necessário dizer e pensar: é em sendo pois é ser.
Mas nada não é; é assim que te levo a te exprimir,
pois é em primeiro desta vida de investigação-aí que te afasto.
E em seguida, é daquela onde erram sem nada saber os mortais
de duas cabeças; a ausência de meios faz correr
logo diante em seu peito seu pensamento errante; eles se deixam portar
tão mudos quanto cegos, desconcertados, raças que não distingue,
para quem o existir e não ser é estimado mesmo
e não mesmo. Seu caminho a todos remete a si.
O que existe para dizer e para pensar deve ser.
Pois existe para ele ser; mas nada não existe.
Pondere isto!
Este é o primeiro caminho de investigação que te contenho.
Mas então te contenho assim também daquele que mortais fabricam, cabeças-duplas, nada sabendo.
Pois a inépcia em seus peitos é o que os dirige suas mentes vagabundas a medida que são carregados em confusão, surdez e cegueira ao mesmo tempo: multidões indistintas e indistinguíveis que reconhecem que ser e não-ser são o mesmo mas não o mesmo. E, para todos eles, o caminho que seguem é um caminho que se mantém dando voltas em si mesmo.