A psyche em Epicuro

27. Para Epicuro e Lucrécio a alma é um corpo compósito constituído por vários átomos (D. L. X, 63). Mas esta é uma opinião afastada do mero agregado de átomos ígneos proposto por Demócrito. Em primeiro lugar, a noção de corpo fora aperfeiçoada para a de um composto orgânico (concilium; ver holon 10). Em segundo lugar, a relação da alma e do corpo é agora especificada com os atoma da alma que estão espalhados totalmente e contidos dentro do invólucro (stegazon) do corpo (D. L. X, 43, 64). Os atoma que entram na composição da alma já não são apenas «ígneos» mas incluem respiração (pneuma) e ar (ver Lucrécio III, 231-236). Há um acrescento mais espantoso, os átomos de um «elemento não nomeado» que não são semelhantes a quaisquer dos outros mas são mais subtis, mais suaves e mais móveis do que qualquer outra espécie de átomo (D. L. X, 63; Aécio IV, 3, 11; a quarta natura de Lucrécio III, 241-257). É este último que começa os movimentos que são a sensação (ver aisthesis 23 e holon 10) e os transmite ao resto do corpo (ibid. III, 262, 281).

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