Na Internet: Estudos clássicos sobre o romantismo (inglês, francês, italiano)
Segundo Jean-Louis Vieillard-Baron o estudo da recepção de Platão na história da filosofia moderna nos defronta com problemas de métodos e problemas filosóficos de fundo. Os primeiros têm uma importância ainda maior pois condicionam a maneira que podemos apreender a metafísica subjacente à problemática platônica. A interpretação do texto de Platão supõe a transmissão deste texto, e aí nos confrontamos com a questão das edições, onde questões não apenas filológicas, mas até mesmo de organização e apresentação dos diálogos, que assim determinam sua leitura.
Vieillard-Boron adota o conceito alemão de Platonbild: toda leitura de Platão se dando segundo uma certa imagem de Platão recebida na historiografia, ou na mentalidade filosófica comum. Ler um filósofo deveria ser uma experiência onde se destacando dos lugares comuns a seu respeito, se vai ao encontro de sua pergunta e investigação maiores: “assim Hegel toma distância da imagem de um Platão incoerente ou de um Platão místico e pré-cristão, para forjar uma visão global da metafísica platônica”.
O estudo da leitura de Platão na filosofia moderna é um domínio inesgotável. Onde podemos entrar na interiorização criativa de grandes pensadores como Hegel ou Schelling, o empreendimento se torna cativante. Frequentemente no entanto ela nos remete à leitura de obras secundária que serviram como intermediárias indispensáveis à transmissão de Platão. De qualquer modo Vieillard-Baron reconhece sempre é possível p6or em obra o princípio hegeliano que o resultado não é nada sem o processo que o engendrou. Desta maneira, é possível determinar como cada filósofo se situa em relação à obra de Platão, vendo também o posicionamento do filósofo como um espelho onde sua própria filosofia se reflete em se constituindo.
Vieillard-Baron que será nosso principal condutor nesta investigação do platonismo na Modernidade, se guia, como faremos também, pela obra monumental de Eduard Zeller sobre à tradição platônica.
Outra referência importante que utilizaremos é a monumental obra de Georges Gusdorf, Les sciences humaines et la pensée occidentale, que dedicou alguns volumes ao estudo do Romantismo, publicando-os posteriormente dem dois grossos volumes Le Romantisme.