Tag: hedone
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Filebo 55d-57e — Hierarquia das artes e das ciências
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in FileboSócrates – Para nós, o conhecimento se divide em duas classes: a das artes mecânicas e a que entende com a educação e a cultura. Como te parece? Protarco – Isso mesmo. Sócrates – De início, decidamos se nas artes mecânicas uma parte não depende mais do conhecimento, e outra menos, para considerar mais pura…
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Filebo 48a-50e — Tragédia e Comédia
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in FileboSócrates – E das representações trágicas, em que os espectadores choram no maior deleite, não te recordas? Protarco – Como não? Sócrates – E nosso estado de alma nas comédias? Não sabes que também aí ocorre um misto de prazeres e de dores? Protarco – Não apanho muito bem esse aspecto da questão. Sócrates –…
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Filebo 44a-46b — Crítica da doutrina do prazer na cessação da dor
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in FileboSócrates – Então, afirmaremos, como há pouco, que há três estados, ou diremos que só há dois: a dor, que constitui um mal para os homens; e a ausência de dor, que em si mesma é um bem, a que damos o nome de prazer? XVII – Protarco – Sócrates, a propósito de quê formulamos…
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Filebo 38e – opinião e discurso
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in Filebo– Sócrates. Ter uma opinião e tentar formá-la não se baseia na memória e na sensação? – Filebo. Claro que sim. – S. Não é necessário conceber isto da seguinte forma? – F. De que forma? – S. Concordas que acontece frequentemente a um homem que não pode ver claramente as coisas para as quais…
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Filebo 23c-23e — Cinco gêneros funcionais do Ser
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in FileboXII – Sócrates – Usemos de maior cautela no preparo de nossos alicerces. Protarco – A que te referes? Sócrates – Dividamos em duas classes tudo o que existe no mundo; ou melhor, se o preferires, em três. Protarco – E o critério, não quererás dizê-lo? Sócrates – Aceitemos algumas de nossas conclusões anteriores; Protarco…
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Filebo 21a-23a — Prazer e sabedoria só em uma vida mixta
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in FileboSócrates – Aceitarias, Protarco, passar a vida inteira no gozo dos maiores prazeres? Protarco – Por que não? Sócrates – E achas que ainda te faltaria alguma coisa, se contasses com prazeres em abundância? Protarco – Em absoluto. Sócrates – Reflete melhor. Não precisarias pensar, compreender e calcular o que te faltasse, juntamente com seus…
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Filebo 20b-27c — Retorno ao problema inicial. Como ele se coloca?
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in FileboSócrates – Depois do que acabas de expor, não abrigo o menor receio de vir a sofrer violência; a expressão Se te considerares com disposição e capacidade, neutraliza qualquer temor a esse respeito. Além do mais, quer parecer-me que alguma divindade me faz lembrar certas coisas. Protarco – Como assim? Que coisas serão? X –…
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Filebo 18d-20a — Um e Múltiplo
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in FileboFilebo – Compreendi isso agora, Protarco, com mais facilidade do que o precedente. Mas tanto nessa parte como na outra ainda me falta uma coisinha de nada. Sócrates – Porventura, Filebo, será a relação entre isso e o tema principal? Filebo – Exato; é justamente o que eu e Protarco procuramos. Sócrates – Em verdade,…
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Filebo 16b-20a — A Dialética
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in FileboProtarco – Qual é? Basta que o menciones. Sócrates – Indicá-lo é fácil; difícil acima de tudo é percorrê-lo. Foi graças a esse método que se descobriu tudo o que se diz a respeito às artes. Considera o seguinte. Protarco – Podes falar. Sócrates – Até onde o compreendo, trata-se de um dádiva dos deuses…
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Filebo 57e-59d — A dialética está no topo desta hierarquia
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in FileboSócrates – Diremos, pois, que estes conhecimentos são os mais exatos? Protarco – Isso mesmo. Sócrates – Mas a facilidade dialética, Protarco, protestará, se não lhe dermos a preferência. Protarco – E como deveremos interpretar essa faculdade? Sócrates – Não há quem não compreenda o que eu quero dizer. Pois tenho certeza de que, por…
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Filebo 14c-20a — Prazer e Sabedoria
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in FileboV – Sócrates – Então, fortifiquemos mais ainda nosso princípio, por meio de um acordo mútuo. Protarco – Que princípio? Sócrates – Aquele que dá trabalho a todos os homens, quer queiram quer não queiram. Protarco – Sê mais claro. Sócrates – Refiro-me ao princípio em que tropeçamos neste momento, de natureza maravilhosa, pois é…
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Filebo 13d-14c — Anfibologia da noção de sabedoria
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in FileboProtarco – Que pretendes dizer com isso? Sócrates – É que, se eu quisesse defender-me à tua maneira, iria a ponto de afirmar que a coisa mais dissemelhante é a que mais se assemelha com as que ela menos se parece, bastando para isso argumentar como fizeste, como o que nos mostraríamos mais inexperientes do…
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Filebo 12b-13d — Anfibologia da noção de prazer
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in FileboIII – Sócrates – Sim, façamos isso mesmo, a começar pela própria divindade que, segundo Filebo, se chama Afrodite, mas cujo verdadeiro nome é Prazer. Protarco – Certíssimo. Sócrates – Não é humano, Protarco, o medo que sempre revelo, com respeito aos nomes do Deuses; excede a toda espécie de temor; foi por isso que…
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Filebo 11a-12b — Prólogo
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in FileboI – Sócrates – Então vê, Protarco, em que consiste a tese de Filebo, cuja defesa vais fazer, e também a nossa, que terás de contestar, no caso de não a aprovares. Queres que recapitulemos as duas? Protarco – Perfeitamente. Sócrates – Ora bem: o que Filebo afirma, é que, para todos os seres animados,…
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Filebo (trad. em português)
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in FileboVersão eletrônica do diálogo platônico “Filebo” Tradução: Carlos Alberto Nunes Créditos da digitalização: Membros do grupo de discussão Acrópolis (Filosofia)
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Filebo
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in FileboPhilebus ou Filebo Sobre o prazer e o bem. Filebo vive uma vida de extremo hedonismo, desprovida de razão e pensar, que não sustenta qualquer conversa sobre ela e não se submete à reflexão. Tanto que no meio do diálogo Filebo se cala. Os princípios da ética (como viver melhor) se conectam com princípios de…
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Epicuro: Felicidade e Prazer
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in EpicurismoExcertos de Epicuro, Carta a Meneceu, in Diógenes Laércio, Vida dos Filósofos Ilustres, trad. esp. de Felix Corso, vol. II, pp. 538-542. Devemos estudar os meios de alcançar a felicidade, pois, quando a temos, possuímos tudo e, quando não a temos, fazemos tudo por alcançá-la. Respeita, portanto, e aplica os princípios que continuadamente te inculquei,…
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hedone (Brisson)
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hêdoné: prazer. Não há em Platão condenação dos prazeres, mas uma reflexão sobre a maneira pela qual se pode dominá-los, quer dizer deles fazer uso. Os prazeres do corpo como os prazeres da alma devem ser ordenados a seus usos. A crítica socrática da intemperança não é todavia uma crítica dos prazeres. Aqui como em…
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Filebo 55c-59d — A Sabedoria
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in FileboXXXIV – Sócrates – Todavia, depois de havermos submetido o prazer a um exame completo, não convém dar a impressão de termos sido condescendentes com a inteligência e o conhecimento. Percutamo-los com energia por todos os lados, para ver se apresentam racha nalgum ponto, até relevarmos o que há de mais puro em sua natureza,…
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Filebo 27e-28c — Prazer ao infinito
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in FileboXV – Sócrates – Vá que seja. E tua vida, Filebo, de prazer sem mistura alguma? Em qual dos gêneros enumerados precisaremos incluí-la, para classificá-la com acerto? Mas, antes de te explicares, responde-me ao seguinte. Filebo – Podes falar. Sócrates – A dor e o prazer apresentam limites, ou serão suscetíveis de mais ou de…