Tratado 17 (II, 6) – Sobre a realidade ou sobre a qualidade

Plotin Traités 7-21. Dir. Trad. Luc Brisson e Jean-François Pradeau. GF-Flammarion, 2003.


Aqui se trata do conhecimento e da composição das realidades sensíveis. O problema que ele coloca tem por origem a distinção aristotélica entre dois tipos de qualidades (Metafísica Theta, 14). Uma, que constitui para Aristóteles a qualidade no sentido mais próprio, é definida como “diferença da realidade” (he tes ousias diaphora, 1020a33), quer dizer como o traço essencial que permite definir e distinguir a espécie. Ele cita como exemplo o fato para o homem de ser bípede, ou para o círculo de ser sem ângulo. O outro se assemelha as “determinações dos seres móveis enquanto móveis, e as diferenças de movimentos” (1020b17-18), quer dizer às alterações dos corpos de que se ocupa a física. Trata-se das qualidades segundas que são afecções acidentais ou provisórias, como a brancura da pele ou o fato de ser músico para um homem.


A seguir versões em inglês, francês e espanhol do tratado. Para uma apresentação mais detalhada do tratado, por parágrafo ou capítulo, com comentários visite Eneada-II-6.