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da versão de MacKenna
4. Chegamos, então, à questão se a Purificação é o todo desta qualidade humana, virtude, ou meramente a precursora a partir da qual segue a virtude? A virtude implica no estado de purificação alcançado ou o mero processo é suficiente para tal, a Virtude sendo algo de menor perfeição do que a pureza realizada que é praticamento o Termo?
Ser purificado é ter purgado tudo de estranho: mas o Bem é algo mais.
Assim antes da impureza entrar havia o Bem, o Bem era suficiente; mas mesmo assim, não o ato de purgação mas a coisa purgada que emerge será o Bem. E resta estabelecer o que este emergente é.
Pode dificilmente provar ser o Bem: O Bem Absoluto não pode ser pensado como tomando sua abóboda com o Mal. Podemos pensar nele apenas como algo da natureza do bem mas concedendo uma dupla aliança e incapaz de permanecer no Bem Autêntico.
O verdadeiro Bem da Alma está na devoção ao Princípio-Intelectual, sua espécie; o mal para a Alma jaz em frequentar estranhos. Não há outra maneira para isto do que purificar a si mesmo e assim entrar em relação consigo mesmo; a nova fase começa por uma nova orientação.
Depois da Purificação, então, há ainda esta orientação a ser feita? Não: pela purificação o verdadeiro alinhamento firma-se realizado.
A virtude da Alma, então, é este alinhamento? Não: é o que o alinhamento aporta interiormente.
E isto é…?
Que se vê; que, como a vista afetada pela coisa vista, a alma admite a impressão, gravada sobre ela e operando dentro dela, da visão que alcançou.
Mas não estava a Alma possuída de tudo isso sempre, ou esqueceu?
O que agora vê, certamente sempre possuiu, mas como disposto na escuridão; não como atuando dentro dela: para afastar a escuridão, e assim vir ao conhecimento de seu conteúdo interior, deve projetar a luz.
Além disso, ela possuía não os originais mas as imagens, quadros; e estes ela deve trazer para um acordo íntimo com as verdades que eles representam. E, além do mais, se o Princípio-Intelectual é dito ser uma posse da Alma, isto é somente no sentido que Ele não é estranho e que a ligação se torna muito íntima quando a visão da Alma é voltada para Ele: de outro modo, embora sempre presente que seja, Ele permanece estrangeiro, assim como nosso conhecimento, se não determina a ação, é coisa morta para nós.