Plotino – Tratado 19,6 (I, 2, 6) — As virtudes da alma purificada.

nossa tradução

da versão de MacKenna

6. Em tudo isso não há pecado — há apenas uma questão de disciplina — mas nossa preocupação não é meramente ser sem pecado mas ser Deus.

Enquanto há qualquer ação involuntária, a natureza é dupla, Deus e Semi-Deus, ou melhor Deus em associação com uma natureza de um poder inferior: quando todo o involuntário é suprimido, há Deus não misturado, um Ser Divino daqueles que segue o Primeiro.

Pois, no seu máximo, o homem é o verdadeiro ser que veio do Supremo. A excelença primordial restaurada, o homem essencial está Aí: entrando nesta esfera, ele associou ele mesmo com a fase de raciocínio de sua natureza e esta ele conduzirá à semelhança com seu mais alto eu, até onde a mente terrena é capaz, de modo que se possível ela nunca deverá estar inclinada para, ou pelo menos nunca adotar, qualquer curso desagradável a seu senhor.

Que forma, então, a virtude toma em alguém tão sutil?

Aparece como Sabedoria, que consiste na contemplação de tudo que existe no Princípio-Intelectual [noûs], e como a presença imediata do Princípio-Intelectual ele mesmo.

E cada uma destas tem dois modos ou aspectos: há a Sabedoria como é no Princípio-Intelectual e como é na Alma; e há o Princípio-Intelectual como está presente para si mesmo e como está presente para a Alma: isto dá o que na Alma é Virtude, no Supremo não Virtude.

No Supremo, então, o que é?

Seu próprio Ato e Sua Essência.

Aquele Ato e Essência do Supremo, manifestado em nova forma, constitui a virtude desta esfera. Pois o Supremo não é justiça auto-existente, ou o Absoluto de qualquer virtude definida: é, assim por dizer, um exemplar, a fonte do que na alma se torna virtude: pois a virtude é dependente, assentada em algo não ela mesma; o Supremo é auto-assentado, independente.

Mas tomando a Retitude como sendo o ordenamento devido da faculdade, isto não sempre implica na existência de diversas partes?

Não: Há a Retitude da Diversidade apropriada ao que tem partes, mas há outra, não menso Retitude que a anterior embora resida na Unidade. E a autêntica Retitude-Absoluta é o Ato de uma Unidade sobre si mesma, de uma Unidade na qual não há isto e aquilo e aquilo outro.

Sobre este princípio, a suprema Retitude da Alma é que ela dirige seu Ato em direção do Princípio-Intelectual: sua Restrição (Sophrosyne) é sua inclinação interior em direção do Princípio-Intelectual; sua Fortitude é seu estar impassível na semelhança dAquilo em direção do qual seu olhar está dirigido, Cuja natureza comporta uma impassividade que a Alma adquire por virtude e deve adquirir se não é para estar a mercê de todo estado surgindo em seu menos nobre companheiro.

Bouillet

Guthrie

MacKenna

Taylor

  1. .[]
  2. For auto here, it is necessary to read auton, conformably to the version of Ficinus.[]
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