Enéada V, 8 – Sobre a beleza inteligível

Plotin Traités 30-37. Dir. Trad. Luc Brisson e Jean-François Pradeau. GF-Flammarion, 2006

Plano detalhado do tratado

Capítulo 1: A beleza das artes: exemplo de Zeus de Fídias.
1-6: Introdução: a beleza inteligível conduz a seu princípio (o Uno)
6-26: Exemplo de uma estátua: a beleza vem da arte (a forma) e não da matéria (a pedra)
26-40: A arte não imita tanto a natureza quanto as razões que a fundam. Exemplo da estátua de Zeus de Fídias.

Capítulo 2; A beleza das realidades naturais
1-6: Esta beleza vem da ação de um demiurgo produtor
6-16: Não é nem a matéria, nem a cor que explica a beleza, mas a Forma
16-28: Não a massa que é bela, mas a razão que porta a Forma
29-41: A beleza natural vem de uma beleza maior, que é imaterial
41-46: Ao leitor: veja tua própria beleza!

Capítulo 3: Escalada das razões formadoras até o céu inteligível.
1-9: A beleza vem do Intelecto que produz a razão
9-16: Se fará uma ideia do Intelecto por um de seus atos em nós
16-36: É preciso compreender o Intelecto a partir do nosso e daquele dos deuses

Capítulo 4: Descrição lírica da vida bem-venturosa do Intelecto
1-6: Um mundo de pura luz
6-15: Cada inteligível é também todos os outros
15-27: A relação do todo a sua parte. A vista de Linceu
27-36: Ausência de fadiga e de lassidão “Lá”
36-55 A ciência de “Lá” é a ciência perfeita

Capítulo 5: O saber verdadeiro
1-9: Há um saber ou uma sabedoria (sophia) que preside a toda geração e a toda produção
9-15: Crítica dos estoicos para quem a razão é imanente à natureza
15-20: A dignidade de uma realidade vem de sua ligação ao saber
20-25: O saber verdadeiro são as Ideias inteligíveis

Capítulo 6: A verdade é conhecida intuitivamente: exemplo dos sábios do Egito.

Capítulo 7: Produção e totalidade
1-12: Crítica do demiurgo platônico: o produtor do mundo não delibera como o fazem os artesãos
12-18: “Tudo o que se encontra aqui vem de Lá”
18-28: A produção do sensível é imediata e silenciosa
28-35: Aplicação ao caso do homem: homem inteligível e homem sensível
36-47: Uma produção global do todo não distingue as diferentes causas

Capítulo 8: O inteligível é a beleza perfeita; referência ao Timeu (37c-d)

Capítulo 9: Tentativa de uma representação em imagem da potência inteligível
1-11: Tentemos nos representar o sensível como um todo perfeitamente unificado
11-28: Peçamos ao deus para que ele nos ajude a nos elevar à representação do inteligível
28-36: O poder sensível não é senão relativo
36-47: A beleza inteligível é perfeita

Capítulo 10: A contemplação do belo no inteligível
1-4: Processão de Zeus, dos deuses, dos demônios das almas
4-22: Diferentes graus de contemplação da beleza, da justiça e da temperança
22-31: Visão da beleza total; comparação com homens em uma luz dourada
31-43: Identidade do vidente e do visto no Intelecto

Capítulo 11: O êxtase da alma no inteligível
1-9: A união da alma ao intelecto divino
9-19: Conhecimento do intelecto e beatitude
19-40: Superação da consciência reflexiva; exemplo da doença e da saúde

Capítulos 12 e 13: Interpretação do mito de Chronos devorando seus filhos
Capítulo 12: Porque Zeus não foi devorado seu pai
1-3: Aquele que conheceu a união ao belo anuncia o que segue:
3-11: Chronos representa o Intelecto, seus filhos, os inteligíveis
11-26: A salvação de Zeus é necessária, representa a saída da alma fora do Intelecto
Capítulo 13: Relações entre Ouranos, Chronos, Zeus e Afrodite.
1-11: Chronos entre Uranos e Zeus, quer dizer o Ser entre o Uno e a Alma
11-24: Beleza da alma do mundo, figurada por Afrodite; beleza de nossa alma