Brun: Parmênides

O poema começa em tom solene:

«As águas que me transportam conduziram-me tão longe quanto o meu coração podia desejar, pois me conduziram e colocaram na via famosa da deusa que, sozinha, dirige o homem que sabe através de todas as coisas.» Guiado por donzelas, que lhe mostram o caminho, o carro de Parmênides franqueia as portas do Dia e da Noite e chega diante da Divindade que lhe deseja as boas-vindas. W. Jaeger insistiu, com razão, no carácter iniciático, mesmo órfico, deste episódio do poema parmenidiano. (Jean Brun, “Pré-Socráticos”)

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