hamartia (Ullmann)

Entre os gregos, a noção de pecado, em sentido moral, já é expressa nos famosos versos da Odisseia 1, 32s de HOMERO: “Ai! Como nos acusam sempre os mortais a nós deuses! De nós vem o mal, dizem, enquanto eles mesmos se causam os sofrimentos por seus próprios crimes contra o destino”. Meridianamente clara é a ideia de hamartía, em PLOTINO, por exemplo, na Enéada I, 1, 11, 10: “E os animais, como possuem a vida? Se, como se diz, há neles almas humanas que pecaram…” (hamartoúsai é o verbo empregado). [Ullmann]