hypokeimenon

gr. ὑποκείμενον, hypokeímenon (tó): sujeito, substrato, substância. Latim: subjectum, suppositum (sentido lógico). Substância como sujeito, ou seja, como substrato dos acidentes. De hypokeisthai, ficar abaixo, v. ousía. Esse termo já se encontra no tratado Dos princípios (Peri arkhôn) de Arquitas (cuja autenticidade, aliás, é contestada).


Il s’agit du terme hupokeímenon, central dans la pensée d’Aristote (voir notamment Métaphysique, Z, 1, 2 et 3). Le substrat, support ou « sujet », est ce qui reçoit la forme, ainsi le bronze qui sert à faire une statue. Toute la matière est pensée par Aristote comme « substrat » ; ce rôle est dévolu au corps chez Plotin, la matière étant, pour sa part, pensée comme un non-être ; voir traité 12 (II, 4). Pour l’interprétation plotinienne de l’hupokeímenon aristotélicien, on lira particulièrement le traité 42 (VI, 1). (BPTraites1-6:82)


He designates the ὑποκείμενον as the first being-character. Beings like animals, plants, humans, mountains, and the sun are such that they already “lie there,” “in advance,” ὑπó. When I speak about them, express something about an animal, describe a plant; that about which I speak, the discussed, what I have there in speaking, is in such a way that it is at hand, already lying there in advance. The being of beings has the character of being-at-hand. (Heidegger, GA18:30)


A análise aristotélica da genesis na Física, baseada, ao que parece, num protótipo platônico (ver genesis), leva o seu Autor ao isolamento dos três princípios (archai) envolvidos em todas as mudanças de uma coisa para outra: a forma imanente (eidos), a privação (steresis) da forma da coisa em que vai transforma-se e, finalmente, o substrato (hypokeimenon) que persiste através da mudança e no qual se verifica a genesis (Physica I, 190a-b). O seu nome é ditado pela sua função; assim de um ponto de vista predicacional o substrato é aquilo de que as outras coisas são predicadas e que não é predicado de mais nada (Metafísica 1028b-1029a). Mas passos da Física consideram o hypokeimenon no contexto da mudança material, e assim não é apenas um conceito lógico mas, juntamente com o eidos, um genuíno co-princípio do ser (Physica I, 190b), o que é, de um ponto de vista ligeiramente diferente, a matéria (hyle) e, tal como a matéria, é conhecido não direta mas analogicamente (ibid. 191a). Tanto os aspectos lógicos como ontológicos do hypokeimenon permanecem em pensadores posteriores: é a primeira das quatro kategoriai estoicas, SVF II, 369 e é identificada com a matéria em Plotino, Enéadas II, 4, 6; ver hyle, hypodoche, symbebekos. (Termos Filosóficos Gregos, F. E. Peters)

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