katêgoríai: acusações, predicações, categorias, praedicamenta, summa genera (scil. entis). Plural: kategoríai (hai). Latim: praedicamentum (plural: praedicamenta). Um dos modos do ser, uma maneira de ser do ser. Vem do verbo kategoréo, afirmo. Inicialmente, termo jurídico: kategoréo é acusar; a kategoría é então uma acusação. Aristóteles transforma a palavra em termo filosófico e a desenvolve nas Categorias, tratado de juventude de essência lógica, que se tornou o primeiro livro do Organon no Corpus aristotelicum.
As dez maneiras (em algumas listas apenas oito) mais gerais como um sujeito pode ser descrito; uma estrutura lógica que corresponde à existência real das coisas: os eide do ser na Metafísica 1003b21 ou, então os summa genera do ser (ver genos). A lista mais completa é apresentada nas Cat. ib-2a: substância (ousia), quantidade (poson), qualidade (poion), relação (pros ti), lugar (pou), tempo (pote), posição (keisthai), estado (echein), ação (poien), afeição (paschein); para a sua relação com os quatro predicáveis, ver Top. 103 a-b e idion. As categorias de Aristóteles são criticadas por Plotino nas Enéadas VI, 1, 1-24. Os estoicos reduziram a quatro as categorias: sujeito (hypokeimenon), qualidade, estado, relação, SVF II, 369; são igualmente discutidas por Plotino, Enéadas VI, 1, 25-30. (Termos Filosóficos Gregos, F. E. Peters)
categoria (lat. tardio categoria, do gr. kategoria: caráter. espécie). Aristóteles denomina categorias ou predicamentos as diferentes maneiras de se afirmar algo de um sujeito. Discerniu dez categorias, de estatuto ao mesmo tempo lógico e metafísico, e que são, além do próprio sujeito (substância ou essência): a quantidade, a qualidade, a relação, o tempo, o lugar, a situação, a ação, a paixão e a possessão. Essas categorias não são espécies do gênero ser, mas gêneros supremos ou primeiros do ser. (H. Japiassu)