chôristón: separado, daí 1) substância separada 2) separado conceitualmente (ver aphairesis); gr. chôrismós: separação; termo que designa a separação de um suco; a partida e sobretudo a separação. Anuncia o gesto de Platão que “destaca a alma e a separa do corpo” (Fedro 67d), e que dissocia o inteligível do sensível. Aristóteles critica associando certas partes da alma ao corpo e não admite considerar as ideias como separadas. Mas reconhece o caráter separado da Inteligência (noûs) e da essência (ousía), sustentando que as categorias não são separadas do sensível.


A separação é uma característica da substância (ousia) que, ao contrário das outras kategoriai, é capaz de existência separada; todas as outras modificações do ser existem em algo (Metafísica 1028a-b, 1029a28, 1039a32). Uma das acusações mais frequentes que Aristóteles fez a Platão é o fato de ter dado aos eide, que Aristóteles compreende no sentido de um universal (katholou), uma existência substancial separada, i. e., Platão hipostasiou-os (ver Metafisica 1086a, 1087a).

Sobre a separabilidade do intelecto agente, ver nous, ousia. (Termos Filosóficos Gregos, F. E. Peters)


A separação, enquanto choriston, é uma característica da substância (ousia) que, ao contrário das outras kategoriai, é capaz de existência separada, segundo Aristóteles. A separação, enquanto aphairesis (supressão, desprendimento) é a renúncia às imagens e aos conceitos conforme defendida por Plotino, para “fugir só ao só” até alcançar à “vida dos homens divinos” (Tratado VIII, Enéadas VI, 9,11).