Parmênides

Autocrítica da teoria das Ideias. Impugnação do ser único dos eleatas. Do Um e do Múltiplo. Segundo seu tradutor francês, Luc Brisson:

“Entre todos os diálogos de Platão, o Parmênides permanece o mais fascinante e o mais controvertido. Esta dupla característica remonta ao passado e se associa à eclosão do Neoplatonismo que, como diálogo de referência, substituiu o Timeu pelo Parmênides, o qual se tornou por este fato o laboratório onde se elaborou uma nova interpretação do Platão.

O diálogo reproduziria uma conversa em Atenas, da qual participaram Parmênides, Zenon e Sócrates, tendo sido acompanhada por Pitodoro, filho de Isolaco, que o relatou a Antifono, meio irmão de Glaucon e Adiamanto, os irmão de Platão.

Uma interpretação do Parmênides deve tentar responder a três questões: Pode-se crer, num plano histórico e num plano teórico, na encenação platônica concernindo Parmênides e Zenon? Em que sentido interpretar a crítica das Formas na primeira parte? E quais relações entretêm as duas partes do diálogo?


Plano da Obra

  • Introdução geral
    • As modalidades da transmissão do relato
    • Configuração, “palco” e personagens
  • Primeira parte
    • Introdução
    • Desenvolvimento
      • O paradoxo de Zenon
      • Sócrates avança a hipótese das Formas
      • Parmênides enumera as dificuldades que acarretam esta hipótese
      • Introdução
        • De quê há Formas?
        • Relação destas Formas com as coisas sensíveis
          • Hipótese da participação
            • Dilema da participação
              • Exposição
              • Paradoxos
                • Todo/partes
                • Um/vários
              • Soluções propostas
                • A Forma-pensada
                  • Exposição
                  • Paradoxo
                • A Forma-paradigma
                  • Exposição
                  • Paradoxo: semelhante/dessemelhante
            • Constato de fracasso
          • Separação das Formas
            • As Formas são não conhecíveis para o homem
            • A realidade humana é não conhecível aos deuses
      • Conclusões
        • Necessidade de manter a doutrina das Formas
        • Necessidade de um exercício dialético
  • Segunda parte
    • Introdução
    • Desenvolvimento
      • As séries de deduções para a hipótese : “se é uno”
      • Transição
      • As séries de deduções para a hipótese “se não é uno
    • Conclusão
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