pyr: fogo

Embora o fogo esteja presente tanto nos sistemas de Anaximandro (Diels, frg. 12A10) como de Anaxímenes (13A7), ele é para ambos um produto, enquanto para Heráclito o universo (kosmos) é um fogo (Diels 22B30), não como uma arche mas antes como «matéria arquetípica», provavelmente em virtude da sua ligação com a psyche e com a vida (frg. 36) e, daí, com o aither. Entre os pitagóricos o Fogo tinha a posição central no universo (com a terra como planeta!), Aristóteles, De coelo II, 293b. Recebeu de Empédocles o seu lugar como um dos quatro elementos (ver stoicheion). O fogo desempenha um papel fundamental na física estóica como o elemento com a dynamis mais ativa, o quente (ver dynamis). De importância primordial aqui é a conexão entre o fogo e a vida (SVF II, 23) e, por intermédio da psyche, com o pneuma, o princípio medicamente derivado do calor vital que os estóicos compreenderam como uma combinação do fogo e do ar (SVF II, 737) e como uma força toda-universal no kosmos (ibid. II, 473); ver ekpyrosis, logos. (Termos Filosóficos Gregos, F. E. Peters)


Um dos quatro elementos. A simbólica do fogo é complexa: valor erótico; conteúdo; lar familiar, intimidade; amor; purificação; elevação; força masculina e guerreira. (Notions Philosophiques)

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