SORABJI, Richard. The Philosophy of the Commentators, 200-600 AD: A Sourcebook. Vol. 2: Physics. Ithaca: Cornell University Press, 2005.
Concorda-se que a discussão da física pelo aristotélico Alexandre de Afrodísias seja importante, mas a respeito dos comentadores tardios A.C. Lloyd declara que “não se esperaria encontrar neoplatonistas em seu melhor ou seu maior interesse em física, porque eles concedem pouca importância ao mundo físico”. Mas, como o próprio Lloyd enfatiza mais tarde, Porfírio fez do tratamento de Aristóteles do mundo físico parte do currículo neoplatonista padrão, e Sorabji ainda adiciona que as discussões de Plotino sobre o tema são perceptivas e fascinantes.
Encontramos assim muitas questões nos comentadores que ainda chegam à física moderna ou pelo menos ao pensamento moderno: está a história do mundo determinada (determinismo)? Devem as mesmas circunstâncias ter o mesmo resultado? Causação requer eventos? É o universo um conjunto de ideias? Deve o espaço ser infinito? Pode o tempo ser infinito? Há um limite para o pequeno? O tempo requer mudança ou consciência? Pode o tempo ser circular? A história se repete a si mesma exatamente? Pode se escapar do tempo? Pode ser estabelecido se o universo tem um começo? É a passagem do tempo real? Pode a matéria ser vista, em sua forma mais fundamental, como um campo manifestando propriedades? Podem corpos passar através um do outro? É assim que a luz se comporta? É o vácuo possível — uma ausência de corpo? Que forças respondem pelo movimento? Como pode haver mal em um mundo providencial? É o conhecimento ou poder de Deus restrito? Se não, o que dizer de nossa liberdade? A natureza opera mecanicamente? Está sob controle divino? Controla tudo? Há um papel para o azar? Isto acomoda ou opõe a Providência — ou a liberdade?