– S. Chamas pensar ao que faço? – T. O que é que chamas a isso? – S. Um discurso que a alma faz a si própria e que mantém consigo mesma sobre as coisas que examina. Para dizer a verdade, não lhe estou a explicar isto como um cientista, porque é a imagem que tenho de uma alma pensante: não faz outra coisa senão falar consigo própria, fazendo e respondendo a perguntas, afirmando e negando. Quando, depois de ter posto mais ou menos lentidão e rapidez no seu movimento, definiu a sua paragem, suprimiu a dualidade do seu enunciado e diz doravante a mesma coisa, é isso que designamos como a sua opinião. Assim, pela minha parte, equiparo o opinar ao discurso e a opinião à enunciação, não em voz alta e para os outros, mas em silêncio para si próprio. [Platão, Teeteto 189e-190a, versão Louis Guillermit]
Teeteto (189e-190a) – O que chamas pensar?
- Jowett: Theaetetus 195e-200d — Um novo problema, o erro
- Jowett: Theaetetus 200d-210a — Retomada da investigação da definição do saber
- Jowett: Theaetetus 201c-210a — Definição do saber pelo julgamento verdadeiro, acompanhado de sua justificação
- Jowett: Theaetetus 202c-203d — Primeira dificuldade
- Jowett: Theaetetus 203d-205e — Segunda e terceira dificuldades
- Jowett: Theaetetus 205e-210a — Quarta dificuldade: em que consiste a justificação que se une à opinião verdadeira
- Jowett: Theaetetus 210a-210d — Epílogo
- Teeteto
- Teeteto (189e-190a) – O que chamas pensar?
- Teeteto (em espanhol)