Adicionemos que o Uno é impassível, que não poderia experimentar qualquer paixão: isso é verdade também para as duas outras hipóstases. Eis aí um dos dogmas universais do pensamento grego. Um dos tratados de Plotino (Eneada-III-6) recebeu de Porfírio o título: « da impassibilidade dos incorporais ». É também o caso da alma, abstração feita de sua ligação com o corpo, pois é do corpo que vêm as paixões por intermédio das representações. O imortal e o incorruptível são impassíveis (Eneada-I, 1, 2).