eídôlon: imagem
Na teoria atomista da percepção visual (aisthesis) imagens com a mesma forma que o corpo são fornecidas pelo objeto percebido e entram nos poros daquele que vê (Alexandre de Afrodísias, De sensu 56, 12; Plutarco, Symp. VIII, 735a). No epicurismo estas entram nos sentidos dos homens também durante o sono, e os homens pensam que elas são deuses (Sexto Empírico, Adv. Math. IX, 19; assim também em Cícero, De nat. deor. I, 19, 49; para um correlativo ético, ver hedone). Platão usa «imagem» no Sofista, e posteriormente divide-a em «reflexo» (eikon) e «aparência» (phantasma), ibid. 236a-b; é como o real, mas tem existência secundum quid, ibid. 239c-240b (ver a descrição de eikon no Timeu 52c). Em Plotino eidolon é geralmente usado no sentido de eikon, ver Enéadas V, 2, 1 e III, 9, 3 onde hyle é um eidolon da alma e II, 4, 5 onde a matéria sensível é um eidolon da matéria inteligível (ver hyle). (Termos Filosóficos Gregos, F. E. Peters)
O termo designa, em grego, na origem, todo objeto natural assim como fabricado dando lugar a uma atitude de devoção mais ou menos ritualizada. Em Francis Bacon o termo latino idola designa todas as ilusões as quais são geralmente submetidos os homens em suas atividades cognitivas. (Notions philosophiques)