Plotin Traités 30-37. Dir. Trad. Luc Brisson e Jean-François Pradeau. GF-Flammarion, 2006
Na origem formava um único tratado juntamente com o Tratado-32 (Eneada-V-8). Porfírio, organizando sua edição dos escritos de Plotino, não somente separou estes dois tratados mas mudou sua ordem de sucessão. A unidade das duas obras não deixa dúvidas, no entanto. O final do Tratado-31 anuncia que se deve retomar o exame da natureza inteligível seguindo outro caminho que aquele que foi percorrido. Plotino percorre esta segunda via nos dois primeiros capítulos do tratado 32. Além disso, o Tratado-31 se deu por objeto fazer entrever o Uno, depois de ter manifestado a beleza do Intelecto. A exposição sobre a natureza do Intelecto ocupa a totalidade do Tratado-31 e os dois primeiros capítulos deste tratado 32. O capítulo 3 serve de transição a fim de introduzir uma longa descrição do Uno, que se estenderá sobre dez capítulos. Os tratados 31 e 32 formam assim um todo coerente e suficiente, que realiza inteiramente seu projeto inicial. Alguns estudiosos levam esta interpretação mais adiante e consideram os tratados 30 a 33 como formando em realidade um só grande tratado.