Categoria: António Caeiro

  • arete (Caeiro)

    CAEIRO, António de Castro. A arete como possibilidade extrema do humano. Fenomenologia da práxis em Platão e Aristóteles. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2002., p. 17-19 Esta dissertação tem como objectivo a exposição do horizonte da situação humana (πρᾶξις) por forma a nele se poder encontrar e realizar a sua possibilidade extrema, a excelência (άρετή).…

  • ekousios

    Involuntárias [akousios] são, assim, aquelas acções [praxis] que se geram sob coacção [bia = violência] ou por ignorância [agnoia]. Um acto perpetrado sob coacção é [1110a] aquele cujo princípio (motivador) lhe é extrínseco. Um princípio [arche] desta natureza é tal que o agente, na verdade, passivo, não contribui em nada para ele. Como se ventos…

  • Caeiro: kakia

    Excertos de CAEIRO, António. A Areté como possibilidade exterma do humano. Lisboa: Imprensa Nacional – Casa da Moeda, 2002, p. 275-276. O acontecimento deformador e desfigurador da perversão (κακία, kakia) leva, como vimos, a uma afectação global do sentido da existência humana. Essa crise de sentido experimentada como desorganização (άταξία, ataxia) e desordem (άκοσμία, akosmia)…

  • timé

    Ética a Nicômaco, Livro I Capítulo V. Tr. António Caeiro Os que são sofisticados, contudo, e se dedicam à acção prática supõem, antes, ser a honra [timé]. Na verdade, a honra quase que é o fim último da vida dedicada à acção política [politike]. Este bem que perseguem não deixa, contudo, de ser um bem…

  • kinesis (Caeiro)

    CAEIRO, António de Castro. A arete como possibilidade extrema do humano. Fenomenologia da práxis em Platão e Aristóteles. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2002, p. 284-285 O primeiro sentido para que aponta o termo «movimento» (kinesis) parece ser quase de uma forma automática o de «deslocação espacial», isto é, o da «movimentação do lugar». Embora…

  • ethos (Caeiro)

    A problematização do acesso ao bem é, como vimos, central e decisiva em Platão. O seu esforço vai no sentido de tematizar uma perspectiva que torne possível a constituição de uma perícia a partir da qual se possa identificar o alvo que, tido em vista, nos permite interpretar os fenômenos patológicos nos seus limites prazer…

  • Aristóteles (EN:1112a15-1112b25) – deliberação

    Será que se delibera acerca de todas as coisas e que tudo é [1112a18] objecto de deliberação ou há objectos acerca dos quais não há deliberação? Talvez deva ser dito que não é passível de deliberação aquilo sobre o qual um tolo ou um louco poderá deliberar. Passível de deliberação é, antes, aquilo sobre o…

  • bouleusis

    bouleusis: deliberação ver proairesis. [Termos Filosóficos Gregos, F. E. Peters] boule (he) / βουλευτόν: deliberação. Marca da liberdade de escolha (proairesis) que preside a ação virtuosa (Aristóteles, Et. Nic, III, III). Política: o Conselho da Polis (que delibera) (id. Pol., VI, III, IV.VIII). [Gobry] Βουλή era a assembleia deliberativa, a sede de deliberação. Βουλευσις é…

  • Caeiro (Arete:241) – a presença do desejo

    […] O fluxo do desejo abate-se sobre nós. Ficamos-lhe expostos. À sua disposição. Há uma falta que se faz sentir e que nos interpela. O que está em falta é prazer (ἡδονή). A exposição à vontade de prazer (ἐπιθυμία) quer dizer exposição à falta de prazer (ἡδονή). A vontade de prazer (ἐπιθυμία) potencia a possibilidade…