Categoria: António Caeiro

  • phronesis

    Perenialistas: Perenialistas Prudentia – PRUDÊNCIA EVANGELHO DE JESUS: phronesis E irá adiante dele no espírito e virtude de Elias, para converter os corações dos pais aos filhos, e os rebeldes à prudência (phronesis) dos justos, com o fim de preparar ao Senhor um povo bem disposto. (Lc 1:17) Em quem temos a redenção pelo seu…

  • kinesis (Caeiro)

    CAEIRO, António de Castro. A arete como possibilidade extrema do humano. Fenomenologia da práxis em Platão e Aristóteles. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2002, p. 284-285 O primeiro sentido para que aponta o termo «movimento» (kinesis) parece ser quase de uma forma automática o de «deslocação espacial», isto é, o da «movimentação do lugar». Embora…

  • Caeiro (Arete:57-58) – eidos

    Há uma «ideia» que nós fazemos acerca de todas as coisas na sua diversidade, às quais aplicamos o mesmo nome que damos àquela. Uma manifestação (eidos) é a unidade de sentido que nos permite compreender todo um conjunto de coisas na sua diversidade, na medida em que se trata do aspecto característico que cada coisa…

  • phrónêsis

    gr. φρόνησις, phronesis (he): sapiência, sabedoria, sabedoria prática, inteligência, prudência. Para Plotino, ao mesmo tempo saber e prudência. Caeiro Traduzimos φρόνησις por «sensatez», em vez das alternativas «sabedoria prática» (‘pratical wisdom’), «evidência moral» (moralische Einsichf), «prudência» ou «sageza». O substantivo «sensatez» e o adjetivo «sensato» aproximam-se mais do original grego. A definição de prudência, oriunda…

  • Aristóteles (EN:1112a15-1112b25) – deliberação

    Será que se delibera acerca de todas as coisas e que tudo é [1112a18] objecto de deliberação ou há objectos acerca dos quais não há deliberação? Talvez deva ser dito que não é passível de deliberação aquilo sobre o qual um tolo ou um louco poderá deliberar. Passível de deliberação é, antes, aquilo sobre o…

  • Caeiro (Arete:59-60) – mimesis

    Cada coisa pode ser considerada em três modos de ser: ou como aquilo que cada coisa é na sua natureza , sendo Deus que a produz ; ou como objecto no mundo e que utilizamos — feita por um artesão; ou no modo como o pintor retrata as coisas, apenas num dos seus aspectos, cristalizados…

  • morphe

    gr. μορφή, morphe = forma sensível, aspecto, perfil, figura. Caeiro «O outro modo de considerar a natureza é […] a figura e a forma, não na medida em que são separáveis da matéria mas na medida em que são tidos em vista segundo o sentido (λόγος, logos)» [Aristóteles, Μetafísica, 193b3-5]. Este modo de ser natureza…

  • timé

    Ética a Nicômaco, Livro I Capítulo V. Tr. António Caeiro Os que são sofisticados, contudo, e se dedicam à acção prática supõem, antes, ser a honra [timé]. Na verdade, a honra quase que é o fim último da vida dedicada à acção política [politike]. Este bem que perseguem não deixa, contudo, de ser um bem…

  • Caeiro (Arete:63) – eidos – aspecto

    Vejamos um pouco mais de perto o que Platão pretende dizer. Suponhamos o tampo da mesa a que me encontro sentado. Nós estamos preparados a determiná-lo quanto à sua forma geométrica como rectangular. Podemos enunciar o juízo «o tampo da mesa é rectangular». Aparentemente, estamos a trazer à linguagem aquilo que nos parece ser o…

  • metanoia

    Caeiro μετάνοια significa uma alteração da compreensão do sentido do que se faz. A tradução latina de μετὗνοια por poenitentiam agere não quer dizer «sofrer o castigo ou penitência», mas «entristecer-se, passar por um processo de entristecimento». [CaeiroEN:290 Nota] Allard l’Olivier Jean Guitton relata que quando M. Pouget comentava o Evangelho de Marcos, tinha o…