De fato Plotino admite a possibilidade de uma espécie de percepção do Uno, não uma visão a partir de outra coisa, a partir do mundo, parece, pois não se alcança então senão seu «traço» (ichnos): quanto a ele, ele escapa. É nele mesmo que é preciso apreendê-lo, e inteiramente, de um golpe. É uma intuição (prosbole, prosballein) de sua existência, mas ela não permite dizer o que é. Se se tenta perceber o que ele é age-se então em inteligência que pensa e ele escapa, ou melhor a gente lhe escapa. Quando se o vê, é preciso vê-lo por inteiro: outra coisa é pensá-lo como causa e princípio de tudo (Eneada-V, 5, 10).
Perceber e Pensar o «Uno»
- Enéada V, 5, 5 — O Uno engendra o resto das coisas, produzindo o ser em primeiro.
- Enéada V, 5, 6 — Sobre a natureza do Uno
- Enéada V, 5, 7 — Analogia entre o Intelecto e o olho
- Enéada V, 5, 8 — A luz do Uno está por toda parte
- Enéada V, 5, 9 — O Uno está inteiramente por toda parte
- Guthrie: Tratado 32 (V, 5, 4-10) – That Intelligible Entities Are Not External to the Intelligence of the Good.
- Guthrie: Tratado 32 (V, 5) – That Intelligible Entities Are Not External to the Intelligence of the Good.
- MacKenna: Tratado 32 (V, 5) — Que os seres intelectuais não estão fora do princípio-intelectual
- MacKenna: Tratado 32,1 (V,5,1) — Porque os inteligíveis não podem se encontrar fora do Intelecto
- MacKenna: Tratado 32,10 (V,5,10) — Como se percebe o Uno