Tratado 31 (V, 8) – Sobre a beleza inteligí­vel

Plotin Traités 30-37. Dir. Trad. Luc Brisson e Jean-François Pradeau. GF-Flammarion, 2006


Nos tratados 31 e 32 Plotino se alonga sobre sobre a natureza do Intelecto e do Uno. Uma mesma meditação se prolonga no que aparece ser um único tratado. O início do tratado 31 indica com efeito que aquele que apreendeu a beleza do intelecto “será capaz também de se formar uma noção do pai do intelecto” o que anuncia claramente o objeto do qual é questão a partir do capítulo 3 do Tratado-32. No tratado 31, depois de recordar que a beleza está ligada à manifestação da Forma, graças a uma presença da “razão” no sensível, Plotino volta-se a seu objeto: se tudo é forma no inteligível, tudo é bel lá, tudo é perfeito, totalmente em ato em um vida pura e feliz. Em suma, o tratado poderia também ter o título “Sobre o mundo inteligível” como aí convida sua primeira linha. É verdade que a noção de kósmos, como se sabe, implica aquelas de ordem e de arranjo e retoma portanto aquela de kállos, a beleza. O essencial é que o “mundo” ou a “beleza” sejam inteligíveis, quer dizer não, certamente, compreensíveis para nosso entendimento, mas existente em si no Intelecto divino. A tese central do tratado 31 é aquela que que dá seu título ao Tratado-32: os inteligíveis não estão fora do Intelecto, são o Intelecto ele mesmo na multiplicidade das Formas que ele pode pensar.


A seguir versões em inglês, francês e espanhol do tratado. Para uma apresentação mais detalhada do tratado, por parágrafo ou capítulo, com comentários visite Eneada-V-8.

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