Como… | Textos referências |
Afabulação próxima da mentira | A República II, 377a: contar um mito, “é dizer algo de falso, mesmo se dentro há também verdade”. A República II, 377d: “estes falsos mitos” + Sofista, 242cd; Filebo, 14a; Fedro, 613… |
Divertição (jogo, fábula para crianças, conto de velha mulher) | O Político, 268e: “misturando um pouco de divertimento em nossa caminhada”, “escuta meu mito, como fazem as crianças”… Górgias, 527a: “um conto de velha mulher” (mythos graos). |
Descontração | Protágoras, 320: “o mito será mais agradável”. |
Subterfúgio pedagógico | A República VII, 514c: “imagina…, represente…” |
Palavra sagrada vinda do fundo dos tempos | Fedro, 274d: “a verdade, são os Anciões que sabem”. + Timeu, (:Critias)) |
Crença moralmente eficaz | Menon, 86b-c: a reminiscência permite “se tornar melhor, mais enérgico, menos preguiçoso…” |
Ideia paroximativa mas satisfatória | Fedro 246a: “para dar uma ideia aproximativa, pode-se contentar de uma ciência humana…” |
Hipótese representativa fictícia mas verossímil | Timeu, 29d: “uma história verossímil”. |
Expressão de uma convicção interior (religiosa…) | Todos os mitos escatológicos: Fedon — Gorgias — República Gorgias, 524c: “por seu lado, junto fé a estes relatos”. A República X, 621b: “o mito pode nos salvar, se aí juntamos fé”. |