pístis: 1) fé, crença (estado subjetivo); 2) algo que inspira crença, prova
1) O termo ocorre tanto em Parmênides (frg. 1, v. 30; frg. 8, v. 50) como em Empédocles (frgs. 3, 4, 114), mas não é seguro estar a ser usado em qualquer sentido técnico. Na «linha dividida» de Platão os estados mentais que não são verdadeiro conhecimento (episteme) mas têm antes que ver com a «opinião» são divididos em duas classes: uma diz respeito às imagens (eikones) das coisas sensíveis, enquanto a outra, descrita como pistis, é a percepção das coisas sensíveis (Republica 509e-511e). A pistis não desempenha um papel importante na epistemologia de Aristóteles; ele estava mais interessado nela no contexto da relação entre a prova e a convicção; 2) pistis (convicção subjetiva) é o objeto da arte da retórica (Rhet. I, 1355b), e os vários meios de persuasão são delineados na Rhet. I, 1356a. (Termos Filosóficos Gregos, F. E. Peters)
Entre os dois gêneros de objetos opostos (o ser e o não-ser), Platão evoca gêneros intermediários, segundo um esquema linear que oferece uma representação dos quatro modos de conhecimento que correspondem aos quatro gêneros de objetos suscetíveis de afetar a alma que os conhece. O gênero de objetos de corpos naturais ou técnicos são conhecidos pela crença ou convicção (pistis). (Luc Brisson)