Tag: eros

  • Oração, tríade de sustentação (Proclus)

    Proclo, Teologia Platônica, tr. Jan Opsomer Este é, então, o refúgio, único e seguro, de todos os seres, e é aquilo que é mais confiável para todos os seres. E essa é a razão, creio eu, pela qual o contato e a união com ele são chamados de fé pelos teólogos. E não apenas pelos…

  • Demônios, ação (Jâmblico)

    Jâmblico, De Mysteriis, tr. John Dillon [11] Você apresenta, em seguida, uma questão que levanta um problema, a saber: “como pode ser que os deuses não ouçam um suplicante que é impuro por razão de relações sexuais, mas, ainda assim, eles próprios não hesitam em levar aqueles que estão envolvidos com eles a relações sexuais…

  • Feitiço (Plotino)

    Enéada IV, tr. Berry Fleet (1) Plotino 4.4 [28] 30 (8-12) Isso envolve problemas que são consideráveis por si mesmos e que incomodam aqueles que não conseguem aceitar que os deuses são parcialmente ou totalmente responsáveis por ocorrências estranhas, especialmente no que diz respeito a atos de amor e relações sexuais imorais. (2) Plotino 4.4…

  • Banquete 195a-196b: A natureza do Amor

    Ora, ele é o mais belo por ser tal como se segue. Primeiramente, é o mais jovem dos deuses, ó Fedro. E uma grande prova do que digo ele próprio fornece, quando em fuga foge da velhice, que é rápida evidentemente, e que em todo caso, mais rápida do que devia, para nós se encaminha.…

  • Em todas as almas há dois amores, mas na nossa há cinco (Ficino)

    Ficino, 1594 Essas duas Vênus e esses dois amores não estão apenas na alma do mundo, mas também nas almas das esferas, dos astros, dos demônios e dos homens. E, como todas as almas se voltam para a alma primordial de acordo com a ordem natural, é necessário que os amores de todas se voltem…

  • Do nascimento do amor (Ficino)

    Ficino, 1594 Mas voltemos a Diotima. Depois de expor que o amor pertence à ordem dos demônios, conforme as razões já mencionadas, ela descreveu sua origem a Sócrates da seguinte maneira. No dia do nascimento de Vênus, estando os deuses reunidos à mesa, Poro, filho do Conselho, embriagado de néctar, uniu-se a Penia no jardim…

  • Da ordem dos demônios venusianos (Ficino)

    Ficino, 1594 Certamente, o demônio venusiano é um amor tríplice. Os platônicos situam o primeiro na Vênus celeste, isto é, na própria inteligência da mente angélica. O segundo reside na Vênus vulgar, que representa a capacidade da alma do mundo para gerar. Esses dois são chamados demônios porque se encontram entre a beleza e sua…

  • Dos sete dons que Deus concede aos homens (Ficino)

    Ficino, 1594 Diz-se que os deuses inferiores servem às ideias de todas as coisas contidas na mente divina, e os demônios servem aos dons desses deuses. Pois tudo passa do grau mais elevado ao mais baixo por meio dos intermediários, de tal forma que as ideias concebidas pela mente divina transmitem seus dons generosamente aos…

  • Como nascem o Amor e o Ódio, ou que a Beleza é incorpórea (Ficino)

    Ficino, 1594 De tudo isso, conclui-se que toda a graça do rosto divino, chamada beleza universal, é incorpórea, não apenas nos anjos ou na alma, mas até mesmo no olhar dos olhos. Movidos pela admiração, não amamos apenas essa face como um todo, mas também suas partes, o que dá origem ao amor pela beleza…

  • Exposição da opinião de Platão sobre a forma antiga do homem (Ficino)

    Ficino, 1594 Aristófanes narra esses e outros acontecimentos igualmente prodigiosos e portentosos, sob os quais, como véus, escondem-se mistérios divinos. Era costume dos antigos teólogos encobrir seus segredos sagrados e puros com sombras de figuras, para que não fossem profanados pelos impuros. De fato, não devemos pensar que os eventos descritos nessas imagens anteriores correspondem…

  • Os dois nascimentos do amor (Ficino)

    Ficino, 1594 Agora discutiremos brevemente os dois nascimentos do amor. Segundo Platão, Pausânias afirma que Cupido é o companheiro de Vênus e considera necessário que existam tantos amores quanto Vênus. Assim, menciona duas Vênus, cada uma acompanhada de um amor: uma celestial, que nasceu do céu sem mãe, e outra vulgar, gerada por Júpiter e…

  • Amor – Bem – Beleza (Ficino)

    Ficino, 1594 Até aqui falamos [do amor] sobre sua origem e nobreza. Agora creio que devemos falar sobre sua utilidade. E certamente é supérfluo enumerar cada um dos benefícios que o amor confere ao gênero humano, sobretudo quando podemos reduzi-los todos a ele. Pois tudo se resume nisto: que, uma vez evitado o mal, sigamos…

  • Da origem do amor (Ficino)

    (Ficino, 1594) Quando Orfeu, nas Argonáuticas, seguindo a teologia de Mercúrio Trismegisto, cantou os princípios das coisas na presença de Quíron e dos heróis, colocou o caos antes do mundo e situou o amor no seio desse mesmo caos, antes de Saturno, Júpiter e os demais deuses, com estas palavras: πρεσβύτατον τε καὶ αὐτοτελῆ πολύμητιν Ἔρωτα.…

  • Regra para louvar o amor. Qual a sua dignidade e grandeza (Ficino)

    Ficino, 1594 Todo filósofo platônico considera que toda coisa possui três aspectos: o que a precede, o que a acompanha e o que a segue. Se esses aspectos são positivos, a coisa é elogiada; se são negativos, é criticada. A perfeição do elogio reside em examinar sua origem, descrever seu estado atual e apresentar seus…

  • Comentário ao “Banquete”, de Ficino (Villa Ardura)

    Rocío de la Villa Ardura (Ficino, 1594) Assim como a Teologia platônica, Marsilio compõe o Comentário a «O Banquete» com seu amicus unicus, Giovanni Cavalcanti, em 1469. Possivelmente devido a uma crise no temperamento melancólico de Marsilio, Cavalcanti vai consolá-lo, e dessa colaboração surge a melhor e mais bela síntese do pensamento ficiniano. Em 1475,…

  • Éros (Bréhier)

    Parlons maintenant de l’Amour qu’on prétend être un dieu ; ce n’est pas seulement une opinion courante, c’est celle des théologiens et de Platon. Platon en maint passage appelle ÉROS fils d’Aphrodité ; il en fait le gardien des beaux enfants, celui qui meut leurs âmes vers la beauté intelligible ou qui fortifie la tendance…

  • Enéada III, 5, 3 — O deus Eros nasceu da Afrodite celeste que representa a alma divina

    3- No podemos dudar que de una esencia provenga una hipóstasis y una esencia que, aun siendo inferior, no deja por ello de ser una esencia. Porque el alma divina es también una esencia, originada por el acto que la precede y con una vida proveniente de la esencia de los seres cuando tiende su…

  • CIÊNCIA E DIALÉTICA DO AMOR (Bréhier)

    Excertos da tradução de História da Filosofia, de Émile Bréhier, por Eduardo Sucupira FIlho À reminiscência das ideias vincula-se estreitamente, no Ménon, a possibilidade de possuir opiniões acertadas sem poder justificá-las, isto é, sem dominar o conhecimento (97 c-98 c). Assim, os célebres políticos de Atenas, Aristides ou Péricles, bons dirigentes da cidade, não possuíam…

  • O Banquete

    Sobre o amor e a beleza. Desenvolve a teoria das Ideias. A seguir excertos da apresentação de uma seleção da obra traduzida em espanhol (encontrada na Internet, sem referências). Muchos de los autores que han trabajado este diálogo lo suelen dividir en tres grandes partes: los cinco primeros discursos, la intervención de Sócrates y el…

  • Ucciani (Plotin:213-218) – Eros – Amor – Mundo

    Contour, tout d’abord — méthode et contenu — celui-ci l’amour comme démon, un singulier, mais aussi les démons, une généralité. Il s’agirait d’interpréter Platon (« supposer que Platon veut dire que l’Amour est ce monde lui-même et non pas l’amour (né en lui) que ce monde éprouve, entraîne beaucoup d’objections qui vont contre cette opinion…